O secretário João M. Lyra quer evitar o fechamento de
maternidades da rede credenciada
Em menos de trintas dias de uma nova administração, Maceió se
depara com medidas de urgência na saúde. O nascimento de um bebê na
porta da maternidade Santa Mônica foi o estopim para a Secretaria
Municipal de Saúde adotar medidas a médio e curto prazo para
resolver as questões.O secretário João Marcelo Lyra concedeu
entrevista ao jornal Bom Dia Alagoas, da TV Gazeta, no início da
manhã desta quarta-feira (23). Ele informou que uma auditoria já
foi determinada e será feita a partir de quinta-feira (24) até
domingo (27) com o objetivo de evitar o fechamento de maternidades
da rede credenciada durante o final de semana.
Desta forma, ressalta o secretário, a maternidade Santa Mônica
não ficará sobrecarregada. Está previsto ainda a abertura de 26
novos leitos no Hospital do Açúcar, situado na Gruta de Lourdes,
bairro do Farol. O intuito é deixar à disposição das gestantes na
capital aproximadamente 50 novos leitos.As decisões comunicadas
pelo secretário de Saúde foram tomadas ontem, após uma reunião
durante todo o dia com a equipe técnica do
Município. Adequações e complicaçõesSerá realizada uma visita
da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nas Maternidades Paulo Netto
e Denilma Bulhões para saber qual a situação das instituições, com
o objetivo de reabrir leitos fechados nesses locais e atender a
demanda de gestantes pelo SUS em Maceió.A Maternidade Paulo Netto,
localizada no Centro de Maceió, possui 60 leitos parados e, segundo
o secretário, a Vigilância Sanitária vai fazer uma supervisão na
creche da maternidade. “Como já existem esses leitos, a reabertura
da maternidade é uma medida a curto prazo”, afirmou.Enquanto a
Maternidade Denilma Bulhões, localizada do Tabuleiro do Martins,
possui dez leitos para gestantes. Uma atendente da maternidade que
não quis se identificar informou à reportagem da Tribuna
Independente que desde o mês de dezembro não existe obstetra às
terças-feiras durante o dia, apenas à noite. “A plantonista deixou
de ir. Tentamos entrar em contato com ela e não conseguimos, já
comunicamos o caso à SMS”, afirmou.Antonio Caldas, gerente
administrativo da Maternidade Paulo Netto, contou que a unidade
está há mais de um mês sem funcionar e que será feita uma reunião
entre a direção da maternidade e a gestão municipal para definir
sua reabertura. “O que falta para que o atendimento seja retomado é
tolice, apenas adequação de escalas médicas e a unidade precisa
passar por uma dedetização”, frisou.Esta não é a primeira vez que a
maternidade paralisa o atendimento. Entre agosto e dezembro de 2011
a unidade ficou sem funcionar, mas o gerente administrativo
explicou que é questão de manutenção. “Isso é normal. É necessário
que todo ano seja feita manutenção”, alegou.O secretário de Atenção
Básica do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior,
visita Maceió amanhã para avaliar a situação da área da Saúde na
cidade. Magalhães Júnior discutirá com João Marcelo Lyra a
implantação de medidas anunciadas pelo secretário para resolver o
problema da falta de leitos para gestantes na capital.Além do
projeto para a Casa de Parto Denilma Bulhões e a reabertura da
Maternidade Paulo Netto, João Marcelo anunciou também o reforço na
comunicação entre as unidades que atendem a gestantes e o Complexo
de Regulação de Serviços de Saúde (Cora), responsável por regular a
quantidade de leitos disponíveis no município.