Para participar, profissionais
devem preencher formulário no site maismedicos.saude.gov.br a
partir das 20h desta quinta (28). Novo grupo começa atividades em
janeiro
Está aberta a terceira etapa do Programa Mais Médicos. O Ministério
da Saúde publicou nesta quinta-feira (28) edital de chamamento dos
profissionais no Diário Oficial da União. Os interessados deverão
se inscrever no site maismedicos.saude.gov.br. Para formados no
Brasil, a inscrição vai até 9 de dezembro. Médicos com registro
profissional em outros países devem anexar ao formulário os
documentos validados pelos consulados até o dia 13.
Estarão disponíveis para o preenchimento de vagas nesta etapa todos
os municípios que ainda não receberam nenhum profissional do Mais
Médicos. Até o momento, dos 4.025 municípios e 25 distritos
indígenas que aderiram ao programa, 1.099 cidades e 19 distritos
indígenas contam com profissionais em atividade.
“Com o Mais Médicos conseguimos, em poucos meses, preencher mais de
3,3 mil vagas para médicos nas regiões mais carentes do país. Outro
grupo de 3.000 chegará aos estados a partir deste fim de semana. É
um passo importante para aumentar nossa capacidade de assistência
primária. Nesta área, mais de 80% dos problemas de saúde podem ser
resolvidos. A melhoria da assistência em atenção básica impacta em
toda a rede de saúde”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha.
As regiões mais carentes do país, prioritárias para o programa,
como as de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo e muito
baixo, as localizadas no Semiárido, comunidades quilombolas, Vale
do Jequitinhonha/Mucuri em Minas Gerais, no Médio Alto Uruguai no
Rio Grande do Sul e no Vale do Ribeira em São Paulo, já contam com
pelo menos um profissional do Mais Médicos. Com o novo edital, as
cidades que aderiram à iniciativa terão até o dia 9 de dezembro
para atualizar informações no sistema.
REGRAS – Assim como na primeira e na segunda etapa
do programa, os médicos com registros do Brasil têm prioridade no
preenchimento dos postos. Entre os profissionais formados no
exterior, só podem participar aqueles com autorização para livre
exercício da Medicina em país que tenha relação médico por
habitante superior à do Brasil (1,8 por 1 mil). Os estrangeiros
somente serão chamados a ocupar os postos não preenchidos pelos
brasileiros.
Médicos que participam do Programa de Valorização do Profissional
da Atenção Básica (Provab) ou que fazem residência médica em
instituição de educação superior precisam se desligar desses
programas caso decidam participar do Mais Médicos.
Os participantes do programa recebem bolsa no valor líquido de R$
10 mil por mês, além de ajuda de custo para instalação nos
municípios onde ficarão por três anos. Todos os participantes têm
isenção de 27,5% por mês de imposto de renda, licença
maternidade/paternidade, trinta dias de descanso remunerado. Os
municípios são responsáveis pela alimentação e moradia dos
selecionados.
Para garantir que o Mais Médicos amplie o atendimento à população,
os profissionais do programa só poderão ser inseridos em novas
equipes de atenção básica ou naquelas em que há falta de
médicos.
BALANÇO – O Mais Médicos conta atualmente com
3.676 médicos (819 brasileiros e 2.857 estrangeiros) atuando em
1.118 localidades do país, sendo 1.099 municípios e 19 Distritos
Especiais Indígenas (DSEIs). A partir de sábado (30), esse número
se somará a outros três mil profissionais cubanos participantes da
segunda etapa do programa por meio da cooperação técnica com a
Organização Panamericana de Saúde (Opas) que estavam realizando
curso de acolhimento e avaliação.
Com esse reforço, ao final de 2013, o Programa Mais Médicos contará
com 6,6 mil médicos, permitindo que mais de 22 milhões de pessoas
passem a ter acesso à assistência em saúde básica. A meta do
Governo Federal é atender 13 mil vagas até março de 2014.
Lançado em 8 de julho pelo Governo Federal, o Mais Médicos faz
parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do
SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura
nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas
regiões carentes do país.