Para o governo, faltam estudos que
comprovem eficácia, segurança e ganhos para o paciente com o
maraviroque
Grupo de especialistas escalado pelo governo para definir o
tratamento padrão para pacientes de aids no Brasil deverá discutir
a inclusão de uma nova droga no coquetel, o maraviroque. A adoção
do medicamento, já analisada numa reunião do grupo ano passado,
divide médicos em todo o País. As informações são do portal G1.
Defensores da inclusão imediata afirmam que pacientes não têm como
esperar. Outros sustentam que a mudança deve ser feita somente
quando já estiver registrado no País uma versão nacional de um
exame, atualmente feito por apenas um produtor, indispensável para
verificar se a droga é ou não indicada para o paciente.
Diante do impasse, um grupo de 124 médicos preparou documento,
pedindo pressa na incorporação da nova droga. Durante a discussão,
parte dos médicos passou a questionar o ritmo de avaliação de novas
drogas usadas no País para pacientes com aids.
De acordo com o diretor do departamento, Dirceu Greco, a inclusão
de um remédio à lista de distribuição do governo tem de ser feita
de forma cuidadosa, pois exige estudos que comprovem a eficácia do
produto, a segurança e o ganho para pacientes.
Tais argumentos foram usados numa carta que o departamento preparou
como resposta ao manifesto de médicos, mas que não convenceu parte
dos profissionais.
Favorável à incorporação, a infectologista Tânia Vergara considera
essencial a possibilidade de escolha dos profissionais.
Infectologistas que consideram importante a análise mais detalhada
da incorporação do remédio lembram que ele é usado por um pequeno
número de pacientes.
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