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Setor de odontologia aposta em redes populares para crescer

Fonte: Blog do Corretor Data: 07 fevereiro 2019 Nenhum comentário

Ortodontia, implantes e estética puxam crescimento do mercado

Há alguns anos, o setor de saúde vem se mostrando um destaque da economia do Brasil. Em 2015, as franquias brasileiras do segmento de Odontologia, Estética e Medicina faturaram R$ 2,5 bilhões.

Mais recentemente, o setor de odontologia tem se tornado a grande aposta de investidores e empreendedores, considerando que, segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Brasil concentra 15% de todos os dentistas do mundo. São mais de 550 mil profissionais da área espalhados pelo território nacional. Nos últimos anos, o mercado odontológico seguiu em franca expansão apesar da crise financeira que acomete o país, tendo faturado mais de R$ 38 bilhões, ainda de acordo com o CFO, o que o levou a conquistar a quarta posição no mercado de higiene bucal mundial.

A principal tendência identificada no setor é o sucesso de redes de clínicas populares, que oferecem atendimento odontológico a preços moderados. É o que aponta Sérgio Aronis, fundador da Dentalis Software, que fornece soluções tecnológicas de gestão de consultórios odontológicos desde o início dos anos 90: "Vimos um aumento muito grande na quantidade de redes populares de odontologia, que se tornaram nossos principais clientes. Isso ficou muito claro nos últimos 3 anos, em que a Dentalis cresceu mais de 30% ao ano mesmo em meio à crise, muito devido a essas redes".

Tendências do setor

A dentista Kellen Oliveira, cliente da Dentalis e sócia-proprietária de 14 clínicas da rede Dentista Popular, espalhadas pelos estados do Ceará, Pernambuco e Bahia, percebe que um dos vetores do crescimento do setor tem sido a popularização de procedimentos básicos, como próteses, cujo tíquete médio gira em torno de R$ 500. Ela afirma que viu a competição crescer nos últimos anos, o que enxerga como mais um sinal de que o mercado está atraindo novos players. Para Oliveira, será essencial apostar em marketing digital e ações nas redes, já que o setor ainda engatinha nesse sentido.

Um reflexo do aumento da competitividade é o avanço da profissionalização do setor de odontologia, já que é preciso apostar em processos de gestão eficientes, atendimento ao consumidor e insumos tecnológicos para oferecer um serviço diferenciado.

Philipe Gouvea, dono do Grupo Clínicas Inteligentes, que atende principalmente a classe C e tem como campeã em atendimentos a categoria de ortodontia, percebe que os pacientes de hoje estão mais bem informados do que os de antigamente e buscam tratamentos mais completos por saberem da importância da saúde bucal.

Gouvea menciona ainda o grande salto em procedimentos estéticos identificado nos últimos 3 anos, desde que foram criadas as lentes de contato odontológicas, que acarretam também em facetas, coroas e clareamento, entre outros. Essa percepção vai de encontro com o dado divulgado pela SBOE de crescimento de 300% na procura por tratamentos estéticos.

Para o empresário, a competitividade no setor nasce também do fato de que investidores passaram a fazer aportes na área, gerando um nível de concorrência maior e exigindo que os consultórios deixem de operar de maneira "caseira" e invistam em gestão eficiente e profissional.

Luis Filipe Silva, dono da rede Amigo Odontologia, notou o aumento da procura por implantes, principalmente pelo público idoso. Outros procedimentos como facetas e clareamento, categorias nas quais a rede vem investindo cada vez mais, tem atraído pacientes de todas as idades. Silva também destaca o aumento da concorrência e a necessidade de profissionalizar e humanizar o atendimento, além da aquisição de soluções tecnológicas que otimizem a operação.

Outro fator que puxou o desenvolvimento das redes populares foram os planos odontológicos. A categoria segue crescendo, ao contrário do que aconteceu com os planos de saúde – que perderam 3 milhões de clientes nos últimos 3 anos, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog), 2,6 milhões de pessoas contrataram planos odontológicos nos últimos dois anos, o que representa um crescimento de 12,60% no período.

As fusões e aquisições do setor também estão aquecidas. Em agosto de 2018, a OdontoPrev, um dos grupos mais conhecidos no mercado brasileiro, realizou a aquisição da empresa Odonto System, no Ceará, por R$ 201,6 milhões. Mais cedo, em abril, a Septodont, líder mundial em anestésicos injetáveis para odontologia, havia adquirido a DLA, fabricante de anestésicos. Agora em outubro, o Grupo São Francisco, efetuou sua segunda aquisição em cinco meses, absorvendo a São Lucas Saúde, com 70 mil usuários e forte atuação no interior de São Paulo. Em maio, a holding havia arrematado a Oral Brasil Planos Odontológicos, com 30 mil beneficiários - além de aquisições, o grupo, que recebeu aporte do fundo Gávea, pretende investir R$ 60 milhões na ampliação de sua rede.

Tíquete médio

Em 2016, o mercado odontológico movimentou cerca de 15 bilhões de reais e a evolução de ticket médio por paciente em 2018 comparado com 2016 superou a marca de 25%, sendo que mais de 55% do faturamento das clínicas está concentrado em procedimentos estéticos.

A Dentalis, que oferece a plataforma de SaaS mais completa para a gestão de processos de agendamento, pagamento e armazenamento de fichas de pacientes de mais de 17 mil clínicas em todo o Brasil e conta com uma base de 4 milhões de vidas, identificou que a média de gasto anual com procedimentos odontológicos em 2017 ficou em R$ 730, sendo que o maior gasto médio per capita foi identificado em Santa Catarina (R$2.225) e o menor no Maranhão (R$ 182). Em São Paulo o valor ficou em R$ 613, no Rio de Janeiro em R$ 701 e os pacientes de Minas Gerais gastaram em média R$ 662 no ano.

 

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