A exposição solar e a radiação UV são consideradas um fator de
risco para diversos tipos de câncer de pele, mas ter contato com a
luz solar é fundamental para a produção de vitamina D. De acordo
com um novo estudo, essa vitamina pode reduzir o risco de câncer de
esôfago, o sexto tipo mais comum entre os homens brasileiros,
segundo o INCA. A descoberta foi feita por cientistas do Queensland
Institute of Medical Research, na Austrália, e ainda será publicada
no American Journal of Gastroenterology.
Para a pesquisa, foram comparados os níveis de radiação UV em
quase mil pessoas com câncer de esôfago com os de 1.500 indivíduos
que serviram como grupo de controle. Os resultados mostraram uma
relação inversa entre o risco de desenvolver a doença e os níveis
de radiação UV nos participantes, ou seja, quanto mais radiação,
menos risco de câncer. Os especialistas acreditam que isso seja
reflexo da ação da vitamina D no organismo.
Mas quem já está se preparando para ficar debaixo do sol, vale
uma ressalva. Não é recomendável a exposição entre as 10 e às 16
horas. Neste período, os raios solares se tornam prejudiciais à
saúde. Também não é necessário passar muito tempo exposto.
Aproximadamente 15 minutos já estimulam a produção necessária do
nutriente.
O sucesso do tratamento do câncer de esôfago depende de vários
fatores. Entre eles, o tipo de cancro, a fase de desenvolvimento, a
idade do paciente e seu estado geral de saúde. O câncer de esôfago
é frequentemente detectado em um estágio avançado, depois que já se
espalhou para outros órgãos. Uma vez que se tenha alcançado estágio
avançado, as chances de recuperação do paciente são de apenas 20% e
a expectativa de vida é, em média, de cinco anos. Por isso, a
melhor maneira de evitar o problema é com medidas de prevenção.