O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) anunciaram ontem, 21, um novo rol de cobertura que deve ser
oferecido pelos planos de saúde. A mudança, no entanto, não deverá
trazer impacto nas mensalidades dos planos neste ano, segundo o
presidente da ANS, André Longo. O aumento, segundo ele, deverá se
refletir no reajuste de 2014, mas num pequeno porcentual.
Para a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge),
"deveria ser previsto um ajuste imediato dos valores das
mensalidades para compensar o aumento dos custos". A Federação
Nacional de Saúde Suplementar defende que sejam feitos estudos de
custo-benefício e custo-efetividade de cada procedimento, o que
ainda não ocorre.
De acordo com a entidade, os novos procedimentos trazem impactos
financeiros que não podem ser medidos previamente, principalmente
em relação a medidas mais abrangentes, como a inclusão de
medicamentos orais contra o câncer.
Em média, os remédios custam de R$ 8 mil a R$ 15 mil por mês. Hoje,
a maioria dos segurados que têm a cobertura negada pelo seu plano
recorre à Justiça para ter direito ao tratamento.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que, num primeiro
momento, há maior risco de negativas das operadoras de saúde para
os novos procedimentos. Algo mais comum, disse, num período de
adaptação. "Daí a importância de os usuários dos planos de saúde
ligarem para o 0800 ou o 136", disse.