A subscrição pode ser definida como
o conjunto de ações que envolvem a seleção de riscos,
desenvolvimento de suas condições contratuais, atribuição de preços
e mensuração de resultados.
Através da subscrição pretende-se
aplicar coberturas adequadas às apólices, especificar e acompanhar
a padronização desenvolvida para a seleção dos negócios com quais
se pretende operar e buscar a manutenção da estabilidade do
universo segurado com resultados que reflitam as projeções de lucro
estimadas.
O subscritor tem por meta
determinar as decisões quanto à seleção de risco, através da
análise de um conjunto de fatores que tem como base de partida os
dados pessoais e econômicos dos seguráveis, a relação entre o
objetivo do seguro e suas garantias, bem como entre capitais e
prêmios relativos ao risco, determinando sua aceitação, ou não.
Existem algumas definições básicas
quanto às categorias de enquadramento do risco, sendo usualmente
utilizadas as classificações de “declinado”, “agravado”, “normal
(ou padrão)” e “preferencial”, sendo possível a aplicação de outras
designações, bem como subclasses para cada uma destas, a critério
de cada seguradora.
Excetuados aqueles riscos
classificados como declinados (ou não aceitos), é também usual a
aplicação de escalas de “pesos” aos riscos aceitáveis, por exemplo,
aplicando-se peso 1 ao risco padrão e valores superiores a riscos
que impliquem em maior probabilidade de ocorrência de sinistro,
agravando-os de forma que possam ser aceitos, naturalmente
observada a política de subscrição de cada seguradora.
O formato usual de subscrição
se utiliza de informações obtidas por meio de propostas,
formulários de análise de risco, exames e laudos médicos, bem como
informações trazidas pela área comercial.
Com o passar dos anos e o acúmulo
de experiência quanto aos diversos tipos de risco, passou-se a
aplicar mais variáveis de medição na análise de
aceitação/precificação dos proponentes, acrescendo-se à usual
precificação por idade outros fatores, como por exemplo, o índice
de massa corporal (IMC), consumo de tabaco e o sexo dos
seguráveis.
Além dos fatores de análise já
citados, deve-se determinar os fatores de incremento de mortalidade
para os riscos, por exemplo, o estado de saúde e funcionalidade de
membros e órgãos e a prática de atividades que proporcionam maior
exposição quanto à integridade física dos seguráveis.
Analisados todos os itens
determinados previamente para coleta de dados, determinar-se-á a
exposição adequada segundo a tabela de classificação de riscos
pré-determinada pelo subscritor.
Atualmente temos também a
utilização do método da Tele-Subscrição, que se vale de entrevistas
aplicadas por meio telefonico, as quais são realizadas por
intermédio de profissionais da área médica que passaram por
processos de capacitação para execução deste tipo de análise,
ressaltando-se que alguns países como França, Itália e Portugal já
aplicam com sucesso a telesubscrição. Normalmente este método se
adequa mais a produtos com aceitação simplificada.
Quanto menor for a prática
sistemática da subscrição, tanto maior será a sinistralidade, uma
vez que se distorcerá ou não se proporcionará a adequada análise
dos fatores de risco.
Assim, a subscrição adequada
resulta na diminuição significativa dos riscos, aplicação mais
adequada dos prêmios, aumento de competitividade e melhora dos
resultados das carteiras de Riscos Pessoais.