Também número de falências em 2016 atingiu o maior nível em
quatro anos
Uma razão para explicar a desaceleração nas vendas de seguros
corporativos é apresentada por números de um levantamento da
empresa de informações de crédito Serasa Experian. O estudo mostra
que, em virtude dos impactos da recessão sobre a geração de caixa
das empresas, que também enfrentaram crédito mais caro e escasso,
houve forte avanço dos pedidos de recuperação judicial. O salto foi
de 44,8% em 2016 sobre o ano anterior, atingindo 1.863 empresas,
recorde da série iniciada em 2006.
“Assim, houve deterioração da saúde financeira das empresas
brasileiras, ocasionando patamar recorde dos pedidos de
recuperações judiciais” informa nota da Serasa Experian.
As micro e pequenas empresas lideraram os pedidos de recuperação
judicial, com 1.134 casos, seguidas pelas médias (470) e grandes
(259).
Em dezembro foram registrados 145 pedidos de recuperação, alta
de 22,9% ante o mês anterior, mas queda de 3,3% sobre dezembro de
2015.
O estudo acrescenta que, em 2016, também houve alta de 3,9% nos
pedidos de falência sobre 2015, evoluindo para 1.852 casos, o maior
número em quatro anos. Deste total, 994 foram de micro e pequenas
empresas, 426 de médias e 432 de grandes. Em dezembro foram 134
pedidos de falência, queda de 18,8% sobre novembro e alta de 3,9%
sobre um ano antes.