Quem é empreendedor sabe quanto
custa a manutenção de uma empresa: impostos, funcionários,
instalações, telefonia, internet, transporte, responsabilidade
civil, seguro e por aí vai. O professor da Escola Nacional de
Seguros, Gustavo Mello, destaca três pontos que são as principais
falhas do Corretor ao gerenciar sua empresa: desconhecimento dos
contratos, sonegação de impostos, muitas vezes por desconhecimento,
e ausência de políticas de gestão.
Ter um bom contador, consultar um
advogado tributarista para saber sobre os impostos que devem ser
pagos, inclusive sobre repasses de comissão, estão entre os pontos
a serem observados com mais rigor. Segundo Mello, essas atitudes
evitam perdas com a receita federal no futuro. Tanto financeira
como de tempo. Outra dica importante é não concentrar todos os
clientes em um único funcionário,. “Se esse colaborador sai, pode
levar os segurados com ele.” E o que faz uma Corretora ser
considerada saudável? “Quando seus custos são administráveis”,
responde José Antonio, presidente do Sincor-PR. Ele explica que em
alguns casos, as corretoras mantêm os chamados “grandes” clientes
que podem trazer muitos negócios, mas é preciso avaliar se
realmente valem a pena porque eles costumam trazer um custo
operacional alto para a Corretora.
Detalhes de uma boa
administração
É importante o Corretor avaliar se
sua receita está compatível com os negócios. O presidente do
Sincor-PR diz ainda que para criar “músculo” em sua empresa, o
Corretor deveria olhar com carinho para as carteiras de benefícios:
Seguro de vida, Seguro Saúde, “pois são carteiras mensais que o
Corretor pode ter fôlego para alçar outros negócios”.
Ter uma política de reter bons
funcionários é prioridade nos dias de hoje. Para isso a empresa
deve oferecer um plano de carreira, planos de treinamentos de
pessoal, política de avaliação por meritocracia e dedicação. O
funcionário tem que se sentir abraçado pela empresa. Além disso,
conhecer o produto que vende é fundamental. De acordo com Gustavo,
o desconhecimento leva o Corretor a vender pelo preço e entrar no
leilão dos consumidores. “Ele não estuda o contrato para ver a
diferença entre as seguradoras e argumentar com os clientes”,
diz.
Mello dá uma dica: qualquer cidade
do Brasil onde exista uma unidade da Escola Nacional de Seguros, os
Corretores podem se juntar, formar uma turma com 20 alunos e
solicitar a Funenseg um treinamento abrangendo todos esses
itens.