|
A ANS (Agência Nacional de Saúde) informou
ontem que as empresas de convênio médico serão responsabilizadas
caso os pacientes não recebam atendimento hoje, quando deve
acontecer uma paralisação nacional de médicos.
De acordo com o órgão, que é responsável pela regulamentação dos
planos de saúde no país, os serviços de urgência e emergência devem
ser garantidos aos beneficiários. A agência afirma que não existe
uma justificativa legal para a suspensão do atendimento nestes
casos.
A ANS também determinou que os convênios remarquem consultas,
exames e internações que não sejam urgentes, e que os sistemas das
operadoras sejam programados para as necessidades de
reagendamento.
A paralisação de hoje, organizada pela AMB (Associação Médica
Brasileira), pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela Fenam
(Federação Nacional dos Médicos), é um protesto contra os baixos
honorários e contra a interferência das seguradoras na autonomia
dos médicos. A paralisação inclui todos os convênios.
Segundo a AMB, o faturamento das seguradoras aumentou 129% nos
últimos sete anos. No mesmo período, diz a associação, o valor da
consulta repassada aos médicos subiu apenas 44%.
|