Na semana em que terão início
os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, ganha força e avança na
Câmara, o projeto de lei que altera a chamada “Lei Pelé” para
exigir a comprovação de contratação de seguro como condição para
participação de atletas e de treinadores de futebol nas
competições.
Segundo a Confederação Brasileira
de Futebol (CBF), estão em atividade no Brasil mais de 28 mil
jogadores profissionais. A grande maioria (82,4%) ganha até R$
1.000,00 de salário. Outros 13,7% recebem por mês entre R$ 1.001,00
e R$ 5.000,00.
A proposta, que já foi aprovada no
Senado, acaba de receber parecer favorável do relator, deputado
Luciano Ducci (PSB-PR), na Comissão de Seguridade Social e Família
da Câmara e está pronta para a pauta.
De autoria do senador Zeze Perrella
(PDT/MG), ex-presidente do Cruzeiro, esse projeto estabelece que a
importância segurada deve garantir direito a uma indenização
mínima, correspondente ao valor anual da remuneração pactuada com
os times.
A proposta também cobra das
federações e ligas a exigência da comprovação da contratação dos
seguros para que um atleta possa participar das competições.
“Infelizmente, já ocorreram diversos casos de atletas e técnicos
vítimas de colapsos e problemas de saúde, ou sofreram acidentes
trágicos”, alega o senador, em defesa de sua proposta.
Vale lembrar que a Lei Pelé já
obriga a contratação de seguro de vida e de acidentes pessoais para
os atletas por parte dos clubes. O novo projeto inclui, porém, os
responsáveis técnicos das equipes.
Se o projeto for aprovado, os
clubes terão seis meses para se adequarem à nova exigência.