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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
indicam que 65 milhões de pessoas já foram diagnosticadas com
glaucoma em todo o mundo - dessas, 900 mil são brasileiras.
Provocada pela elevação da pressão ocular, a doença não tem cura e,
quando não é tratada, pode levar à cegueira.
Para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, o
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Alípio de
Sousa Neto, explicou que a principal barreira a ser vencida no país
é o hábito de procurar um médico somente diante da presença de
sintomas.
"A pessoa não vai sentir nada. Só vai sentir na fase mais
avançada, quando começa a esbarrar nas coisas", explicou. Isso
porque, segundo ele, a doença pode se desenvolver durante meses ou
anos sem apresentar nenhum sintoma. A saída é investir em exames
periódicos - pelo menos uma vez ao ano.
Pessoas que têm parentes portadores de glaucoma, indivíduos com
mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos
devem estar ainda mais atentos à realização dos testes de rotina.
Após o diagnóstico, o tratamento vai desde a utilização de
colírios, que baixam a pressão ocular, a cirurgias e ao uso do
laser.
"Uma gota por dia de colírio já é suficiente para resolver o
problema. Pela vida toda. Mas tem que estar controlado",
destacou Neto. O oftalmologista alertou para que as pessoas não
façam uso indiscriminado de medicamentos para os olhos, já que eles
podem, inclusive, agravar o glaucoma se mal utilizados.
De acordo com a OMS, a cada ano são registrados 2,4 milhões de
novos casos de glaucoma no mundo. A doença pode se manifestar de
diferentes maneiras: de ângulo aberto (80% dos casos), de ângulo
fechado, de pressão normal, pigmentar, secundário e congênito e é
responsável por cerca de 13% da cegueira derivada de
enfermidade.
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