Os médicos de São Paulo realizam, nesta
quinta-feira (30), às 20h, assembleia estadual para debater os
próximos passos da campanha por valorização na saúde suplementar e
por mais qualidade na assistência aos pacientes.
Segundo a Associação Paulista de Medicina, há cerca de dez anos sem
receber reajustes de boa parte de planos e seguros-saúde, eles
reivindicam recomposição do valor da consulta para R$ 80,00 e
procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema
de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), além de regularização dos contratos
entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste
anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) para os planos individuais.
O fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de
exames, de internações e de outros procedimentos, interferências
abusivas que colocam em risco a saúde dos cidadãos é outro pleito
essencial para o movimento.
Suspensão do atendimento
De acordo com a APM, após procurar 15 empresas da saúde suplementar
reivindicando reajuste dos honorários e o fim das interferências
sobre a autonomia profissional, em nome dos médicos de São Paulo,
as entidades estaduais – Associação Paulista de Medicina, Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicatos dos Médicos
de São Paulo e Academia de Medicina de São Paulo, Regionais e
Sociedades de Especialidade – chamam à ampla participação na
Assembleia.
Na oportunidade, serão passados informes detalhados das negociações
com o primeiro grupo de empresas contatado pelo movimento após
paralisação nacional em 7 de abril; e as propostas recebidas de
algumas que preveem, além de reajuste, a recomposição real das
perdas acumuladas dos honorários médicos.
Existe a possibilidade concreta de uma resposta firme às que não se
mostrarem sensíveis a negociar. Uma das propostas que deve ser
colocada em discussão é a recomendação de paralisação do
atendimento por tempo indeterminado aos planos e seguros-saúde que
não atenderem ao pleito da classe médica.
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