A realização do Congresso dos
Corretores na Costa do Sauípe, litoral norte da Bahia, foi um
sucesso. Durante os três dias do congresso, cerca de 3.500
corretores estiveram desfrutando dos serviços do resort onde
aconteceu o evento e, também, participando da programação de
palestras.
Já na abertura, uma das falas
que teve grande repercussão entre os corretores foi a da
superintendente da Susep, Solange Vieira, que deu sinais de que a
autarquia vai apoiar a autorregulação dos corretores de seguros.
“Todo dia acordo pensando o que preciso regulamentar, mas acho que
a categoria está madura o suficiente para a autorregulação”,
afirmou.
Outro destaque foi o primeiro
painel do evento que discutiu “Os caminhos para a retomada do
crescimento e a reforma da previdência”. Mais uma vez Solange
Vieira foi o destaque. Ela fez uma análise do mercado brasileiro e
apresentou dados mostrando que há 1,7 milhão de habitantes por
seguradora. Ela afirmou que está trabalhando na direção da
flexibilização e de buscar mais concorrência para o
mercado.
O painel que reuniu seguradores
contou com a participação dos presidentes da Sompo, HDI, Bradesco,
Tokio Marine e FenSeg que falaram sobre o futuro do mercado e a
relação entre segurador e corretor de seguros.
Para Francisco Cayubi
Vidigal, CEO da Sompo, hoje vejo que o corretor de seguros é mais
forte e necessário para o mercado. “A primeira coisa que eu vejo é
que a relação do corretor com as seguradoras e com o consumidor vai
durar por muito tempo”, afirmou. Ele disse que a penetração do
seguro é pequena porque é preciso conhecer muito bem o cliente.
“Temos que trilhar para outros ramos em que estão as necessidades
dos clientes. Novos riscos que estão aparecendo. O seguro cada vez
mais precisa ampliar é ver o que podemos fazer”,
ressaltou.
Durante o evento, ainda houve
o anúncio da transformação do reposicionamento da Escola Nacional
de Seguros que, a partir de agora, passa também a atender outros
setores e muda de nome: passa a ser Escola de Negócios e
Seguros.
No último dia, o destaque
ficou com o painel que discutiu o mercado marginal. Pesquisa da
Ernest & Young, conduzida pelo seu sócio de serviços, mostra que o
mercado de proteção veicular movimenta entre R$ 7 a R$ 9 bilhões ao
ano e representa 27% do mercado de automóvel no Brasil, com prêmio
médio de R$ 1800,00. São 687 Associações de Proteção Veicular
(APV), que comercializam proteção veicular, com 4,5 milhões de
associados pelo país, com foco na região Sudeste.
Os seguradores que
participaram do painel defenderam a punição dos corretores que
vendem proteção veicular. Roberto Santos, presidente da Porto
Seguro afirmou que é hora de pegar pesado neste assunto contra as
associações veiculares de proteção veicular (APV). “Na Porto
Seguro, se comprovamos que o corretor comercializa APV nós
cortamos”, afirmou. E completou: “está na hora de pegarmos pesado
com isso”.
Na Exposeg, os estandes das
seguradoras ficaram cheios durante os dias dos eventos com
participação intensa de corretores e executivos das companhias. O
estande do CQCS também teve movimentação intensa dos corretores que
queriam participar da ação especial de tirar uma foto no estande,
receber curtidas para ganhar uma camiseta.