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Crise da Americanas (AMER3) joga luz em mercado de R$ 1,863 bilhão; saiba qual

Fonte: CQCS Data: 08 maio 2023 Nenhum comentário

O mercado de crédito brasileiro vive um momento único de restrição por conta dos altos níveis de inadimplência e elevação de spreads, impondo inúmeros desafios para empresas em projetos de longo prazo e prejudicando a economia do país.

É neste momento que o seguro se faz ainda mais pertinente, oferecendo liquidez e melhorando a dinâmica do mercado.

seguro de crédito é a forma eficaz de prevenção e proteção para empresas contra o não pagamento das vendas a prazo. Ele indeniza o credor, caso não haja recebimento dos créditos concedidos aos clientes.

Segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o seguro de crédito movimentou R$ 1,863 bilhão em prêmios no ano passado. O valor é 21,6% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, no qual totalizou R$ 1,532 bilhão. Diante do cenário macroeconômico atual, a tendência é ele crescer ainda mais neste ano. Somente nos dois primeiros meses, foram R$ 421 milhões em prêmios concedidos de seguro de crédito, aponta a FenSeg.

O caso da Lojas Americanas (AMER3) contribuiu para jogar luz sobre a importância do seguro de crédito para as empresas se protegerem e evitarem graves prejuízos ao caixa. O mercado de seguros estima que as apólices dos fornecedores das varejistas totalizam entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões em risco segurado, trazendo sinistros de proporções recordes.

Falta de seguros

A situação acendeu o sinal de alerta. No entanto, apesar de estar vivendo um momento de plena expansão, o mercado de seguro de crédito ainda enfrenta uma série de obstáculos para crescer em percentuais ainda mais elevados e absorver a demanda crescente. Limitações operacionais, tecnológicas e culturais impedem o desenvolvimento de soluções mais adequadas às necessidades das empresas.

Uma delas é a falta de diversificação de produtos e serviços oferecidos pelas seguradoras. Em muitas situações, as opções de seguro de crédito são padronizadas e não levam em consideração as necessidades específicas de cada empresa, especialmente aquelas de menor porte. O engessamento da operação reduz a capacidade de adaptação e personalização das soluções e acaba não atendendo plenamente às demandas dos clientes.

Outra deficiência no seguro de crédito é a baixa utilização de tecnologias avançadas no desenvolvimento de produtos e serviços. A transformação digital impulsionou a inovação em diversos setores. Contudo, neste mercado ainda há uma lacuna na adoção de análise de dados, inteligência artificial e automação de processos. A ausência de uma cultura de inovação faz com que muitas empresas optem por seguir modelos tradicionais de negócios, em vez de experimentar novas abordagens e soluções.

Além disso, a falta de concorrência e de apoio a novos entrantes no mercado de seguro de crédito limita a oferta e o investimento. Isto é, a concentração em poucas seguradoras e a escassez de incentivos governamentais para a entrada de novos players tornam o ambiente menos competitivo e inovador.

Há ainda elevada complexidade e burocracia do ambiente regulatório do mercado de seguro de crédito no país. A regulamentação excessiva e a falta de clareza em algumas normas criam barreiras para o lançamento de novos produtos e serviços. Diante desse contexto, as seguradoras são reticentes em desenvolver soluções flexíveis e adaptadas às demandas dos clientes.

Por fim, a falta de informação e de educação sobre o mercado de seguro de crédito também impede o avanço do setor. Muitas empresas ainda desconhecem os benefícios e as possibilidades oferecidas pelo seguro de crédito.

Não há dúvidas que o seguro de crédito é um dos principais instrumentos na proteção contra o risco de inadimplência às empresas que produzem e comercializam bens a prazo. O caso Americanas demonstrou a importância das empresas de todos os portes terem uma segurança para imprevistos no fluxo de caixa. O mercado é extremamente promissor e tem muito espaço para crescer, desde que as seguradoras entendam a importância de investir na modernização, inovação e diversificação de produtos.

Heverton Peixoto é graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por 4 anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e 1 ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar. Foi CEO da Wiz entre 2018 e o início de 2023.

 

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