Passando de 67,6% em janeiro para 57,3%, o setor de
hospitais e laboratórios fechou o mês com o menor nível de
satisfação desde abril de 2012
Com queda, em fevereiro, de 10,3 pontos percentuais (de 67,6% em
janeiro para 57,3%), o setor de hospitais e laboratórios fechou o
mês com o menor nível de satisfação desde abril de 2012. A
informação é do Índice Nacional de Satisfação do Consumidor, medido
pela ESPM e criado pelo professor pesquisador da escola, Ricardo
Pomeranz. Na análise de 96 empresas de 24 setores, o indicador
fechou o segundo mês do ano com retração de 0,6 ponto percentual,
atingindo 43,4%.
De acordo com o estudo, a queda na satisfação está diretamente
relacionada à Operação Lava Rápido, da Polícia Federal, que mostrou
a intenção de uma quadrilha de roubar processos da Secretaria da
Fazenda para tentar oferecer serviços de redução de multas e até
eliminação dos processos. Também chamam a atenção as reclamações
dos consumidores com os serviços prestados pelas empresas do setor,
principalmente filas e longas esperar para realizar exames ou obter
resultados. Neste segmentos, são analisados Albert Einstein, Dasa,
Fleury e Clínicas POA.
Convênios médicos
As ações de patrocínio esportivo anunciadas por algumas
operadoras de convênios médicos colaboraram para o aumento de 10,2
pontos percentuais na satisfação do consumidor com este setor, que
passou de 48,1% em janeiro para 58,3% em fevereiro. O investimento
maciço em marketing foi visto, pelos internautas, mais do que uma
simples ação de comunicação, mas como “uma parceria que vai além do
imediatismo”. As empresas pesquisadas são Amil, Unimed, Intermédica
e Golden Cross.
Primeiro indicador brasileiro com dados totalmente levantados na
internet, o Índice Nacional de Satisfação do Consumidor registrou,
em fevereiro, queda na avaliação de 17 dos 24 setores
pesquisados:
- lojas de departamento 61,6% (-2 pontos percentuais)
- indústria automobilística 60,2% (- 3 pontos)
- bebidas (- 1,1 ponto)
- personal care 76,1% (- 2 pontos)
- alimentos 72,4% (- 4,5 pontos)
- eletroeletrônicos 60,4% (- 0,3 ponto)
- indústria farmacêutica 73,3% (- 2,5 pontos)
- saneamento básico 38,8% (- 1,4 ponto)
- energia elétrica 26,9% (- 0,7 ponto)
- indústria digital 67,7% (- 0,2 ponto)
- gás 53,1% (- 3,2 pontos)
- seguradoras 63,9% (- 2,3 pontos)
- telefonia fixa 38,6% (- 2,3 pontos)
- bens de consumo 67,4% (- 3,1 pontos)
- hospitais e laboratórios 57,3% (- 10,3 pontos)
- transportes metropolitanos 31,6% (- 3,8 pontos)
- telecom 23,6% (- 6 pontos)
Os demais setores analisados registraram alta:
- supermercados 75,5% (+ 3,8 pontos)
- vestuário 75,5% (+ 1,5 ponto)
- construtoras 52,4% (+ 7,3 pontos)
- convênios médicos 58,3% (+ 10,2 pontos)
- aviação 64,3% (+ 2,4 pontos)
- drogarias 77,9% (+ 0,1 ponto)
- bancos 47,1% (+ 4,7 pontos)