O Conselho de Ética da Presidência da República, a pedido da
Casa Civil, deve abrir uma investigação sobre a conduta do novo
diretor da Agência Nacional de Saúde (ANS), Elano Figueiredo.
Segundo o ministério, o diretor teria omitido, em currículo enviado
ao governo antes da nomeação, que ocupou o cargo de representante
jurídico da operadora de saúde Hapvida.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, que fez a
denúncia sobre a omissão em edição do último sábado (3). Figueiredo
diz que o trabalho foi feito de forma indireta, por meio de um
escritório de advocacia, e que não estava autorizado a divulgar sua
participação no trabalho.
No entanto, em artigo publicado na revista da Escola Superior de
Magistratura do Ceará, Figueiredo assina como diretor jurídico da
Hapvida. Também participou, em 2010, do I Encontro de Líderes
Hapvida Saúde, em 2010.
Segundo o jornal, há ainda dezenas de ações assinadas por
Figueiredo contra a própria ANS. Casos que ele terá que analisar
como diretor.
A nomeação de Figueiredo foi assinada pela presidente Dilma
Rousseff e publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira
(29).