O Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, a Abramge e a Federação Nacional de Saúde
Suplementar (FenaSaúde), entidades que representam operadoras de
planos de saúde no País, assinaram ontem (13) um acordo de
cooperação para mediar liminares dos processos distribuídos no
Fórum João Mendes Júnior, no centro da capital paulista.
A medida visa solucionar conflitos
entre consumidores de planos de saúde e as operadoras, em
processos referentes às coberturas contratuais, diminuindo o número
de demandas envolvendo a assistência à saúde suplementar que
tramitam na Justiça.
O acordo prevê a criação do Núcleo
de Apoio Técnico e de Mediação (NAT), que será sediado no Tribunal
de Justiça. O núcleo promoverá a análise e oferta de
proposta de composição amigável, sobre os pedidos que envolvem as
operadoras de saúde filiadas às entidades, no prazo máximo de 24
horas. O núcleo ainda poderá ofertar apoio aos juízes na emissão de
pareceres técnicos, dirimindo as divergências entre a decisão de
juízes, e a validade dos contratos firmados entre as operadoras e
seus clientes.
“Este Núcleo de Apoio Técnico terá
por finalidade fornecer aos magistrados informações técnicas sobre
a demanda em consideração. Dessa forma, assegura-se na maioria dos
casos a audiência prévia da operadora que terá a
oportunidade de se manifestar previamente à decisão, concordando
com a demanda, celebrando acordo ou ainda expondo suas razões”,
explica o diretor executivo da FenaSaúde, José Cechin.
Para Antonio Carlos Abbatepaolo,
diretor da Abramge, o acordo é um passo importante para o setor. “A
mediação será fundamental para esclarecer processos, que em sua
grande maioria, envolvem as coberturas contratuais previstas pela
Lei e regulamentadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS)”, defende
ele.
O Estado de São Paulo abriga o
maior número de beneficiários de planos de saúde do Brasil: são
mais de 19 milhões de pessoas, incluindo planos coletivos e
individuais. Somente na capital, a taxa de cobertura de planos
privados de assistência médica é de 59,6% da população, sendo os
beneficiários contratantes de planos de 814 operadoras, das quais
102 sediadas na capital paulista.