A Câmara está analisando o Projeto de Lei 1545/11, do deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prevê pena de 6 a 20 anos para médico
que realiza aborto, além da cassação do registro profissional. A
proposta altera o Código Penal (Decreto-Lei
2.848/40).
De acordo com a publicação, a lei permite o aborto apenas em
dois casos: quando não há outro meio de salvar a vida da gestante e
quando a gravidez for resultado de estupro. Pelo projeto, em
qualquer situação fora dessas hipóteses, a pena será a mesma: 6 a
20 anos.
Atualmente, o Código Penal pune o médico com um a quatro anos de
prisão caso o aborto seja feito com o consentimento da gestante, e
com 3 a 10 anos se não houver consentimento. Se a gestante sofrer
lesão corporal grave durante o procedimento, a pena pode chegar a
13 anos e 4 meses. Só em caso de morte da mãe, a prisão máxima é de
20 anos.
Segundo o autor da proposta, as penas para o aborto são
“extremamente brandas”. “Ao aborto praticado por médico deve ser
atribuída penalidade mais grave do que quando o crime é praticado
por terceiro, pelo compromisso profissional de preservar a vida”,
disse.
Tramitação
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania e, depois, pelo Plenário.