Há cerca de um ano o Hospital Paulistano, na capital de São
Paulo, focado nos padrões da Joint Commission Internation em
garantir a administração correta dos medicamentos dentro da
instituição, optou por adquirir tablets para gerir o uso e
preparação de remédios à beira leito.
Mesmo com um controle de rastreamento já adotado, a instituição
ainda não confiava 100% de sucesso, fato que a levou para o caminho
da mobilidade. “Garantir o medicamento certo, para o paciente
certo, na hora certa não é fácil. Devemos fazer o máximo para
evitar erros, que são bem possíveis de acontecer e a solução móvel
propicia uma garantia, pois o medicamento é preparado dentro do
quarto, com a prescrição móvel já inserida no tablet”, explica
Roneide Cursino, gerente administrativo e financeiro do Hospital
Paulistano.
De acordo com a executiva, o código de barras, tanto da pulseira
do doente quanto do remédio, também é conferido no próprio
dispositivo móvel. E somente após conferencia o uso da medicação é
liberado.
O grande objetivo aqui é garantir maior segurança e qualidade ao
paciente, que normalmente tem o medicamento preparado longe de seus
olhos, no posto de enfermagem. “A diferença é que tudo é feito na
frente do paciente e com a verificação eletrônica do processo”,
avalia.
Antes de decidir pelo uso de tablets, o Hospital Paulistano
testou outras soluções possíveis de evitar erros. Foram avaliadas
ferramentas como um desktop em cada leito; e notebooks, com
experimento na mão de enfermeiros e em carrinhos de corredor.
Destas, Roneide destaca o motivo da escolha: “Chegamos ao tablet
pela facilidade e praticidade, por ser menor, ocupar menos espaço,
ser leve de carregar e, principalmente, pela aprovação dos
próprios colaboradores.”
O aparelho É claro que os tablets adquiridos não são comuns
se comparados aos de uso pessoal. O aparelho tem certa resistência
considerável. Não sofrerá danos com uma simples queda, nem
apresentará problemas na parte elétrica eletrônica se a sua tela
entrar em contato com líquidos.
“Tudo foi testado e aprovado pelo hospital. Além disso, passamos
por um período de adaptação não só do hardware, mas também da
infraestrutura do hospital”, diz a executiva, referindo-se à rede
Wi-Fi com velocidade necessária para trafegar todos os dados
precisos.
Hoje o projeto está na etapa final, com previsão de conclusão
para novembro deste ano. O hospital faz quase 100% uso do tablet, o
último setor a contar com a mobilidade é o Pronto Socorro. “Por ser
em Box [a área do PS] e considerado um espaço bastante cheio, com
maior concentração de pessoas, especificamente aqui adotamos o All
in One, que acaba fazendo o mesmo trabalho do tablet. A diferença é
que fica fixo dentro de cada um dos Boxes”, conta.
Próximo passo
Assim que o projeto ser finalizado no Paulistano, a ideia é
entrar, ainda este ano, com o mesmo conceito no Hospital Vitória.
Para Roneide, essa realidade também será implantada no próximo ano
em outras duas unidades: Alvorada Moema e Total Core.
“Vamos trabalhar para que os médicos, no futuro, utilizem
tablets não apenas para administração de medicamentos, mas também
para fazer uma prescrição, evolução de um paciente, entre outras
atividades que facilitem seu dia a dia”.
E ainda, com um ano de experiência a executiva acredita evoluir
bastante no uso do dispositivo, passando a abranger a evolução
médica.
“Tecnologia sempre vai ao inicio de tudo esbarrar em uma coisa
normal do ser humano, que é a resistência. Toda novidade envolve
mudança cultural, resistência natural e comum. Por isso, investimos
bastante em treinamento e procuramos mostrar o ganho que os
usuários teriam”, diz Roneide.
Hoje nas auditorias, o Paulistano tem adesão de mais de 90%, sem
opção de papel.