O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta
sexta-feira que o programa Mais Médicos - lançado pela presidente
Dilma Roussef em julho para aumentar o número de médicos no
interior do País - não vai tirar o emprego de nenhum médico no
Brasil. "Ele amplia a oportunidade de empregos no Brasil", afirmou.
"É um programa que gera mais oportunidades, que vai estimular a
universidade pública a abrir mais vagas no interior e na periferia
das cidades", disse.
De acordo com Padilha, o governo federal está garantindo mais de
35 mil vagas para médicos e profissionais de saúde no País. Padilha
voltou a afirmar que o Mais Médicos irá priorizar médicos
brasileiros em detrimento dos estrangeiros. "Esse programa dá
prioridade para médicos brasileiros irem trabalhar onde faltam
médicos oferecendo R$ 10 mil líquidos por mês", detalhou.
Caso não haja número suficiente, disse, médicos estrangeiros
serão convocados. "O ministério vai sim buscar médicos em outros
países porque o povo brasileiro não pode esperar", defendeu. E
completou: "Nós vamos até o fim nessa batalha para levar mais
médicos e mais saúde ao povo brasileiro".
O ministro disse que o programa enfrenta grande resistência de
alguns setores que "querem manter privilégios". De acordo com ele,
o programa foi apresentado para suprir o que ele chamou de "a maior
carência" do governo federal.
As declarações foram dadas pelo ministro durante o 3º Encontro
do Interior - Para São Paulo Crescer com o Brasil, organizado pelo
PT e realizado na cidade de Bauru, na região noroeste do Estado de
São Paulo.