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Na pandemia, uma proteção contra os crimes cibernéticos

Fonte: CQCS Data: 13 outubro 2020 Nenhum comentário
Mestre em economia e consultor do Sindseg SP, Francisco Galiza, analisa consequências da pandemia no Brasil 
 
A pandemia do novo coronavírus trouxe, de roldão, o “home office” como condição essencial para garantir um mínimo de normalidade no dia a dia de trabalho, diante do isolamento social imposto pelo temor de propagação da doença. A mudança, que a princípio se apresentava como uma solução emergencial determinada pelas circunstâncias, vai ganhando o status de solução definitiva em muitas corporações, que constataram na mudança um conjunto de benefícios para as companhias e para os trabalhadores.
 
Beneficiários indesejáveis da materialização do home office como tendência testada e aprovada para o trabalho, os ‘hackers’ também vislumbraram, graças à transferência dos postos de trabalho para as residências, um terreno fértil para todo tipo de crime cibernético. Fora do ambiente mais protegido as corporações, os sistemas ficaram mais vulneráveis a um arsenal de golpes e fraudes cometidos por hackers, que colocaram o Brasil em posições de destaques dos rankings de crimes realizados pela internet. Desde que o novo coronavírus começou a se espalhar por aqui, o País se transformou no líder mundial de casos de ransomwares, modalidade de ataque cibernético em que o hacker trava o computador da vítima e cobra um resgate para liberá-lo. A própria pandemia serviu de mote para as investidas dos criminosos da internet. Pesquisa realizada pela consultoria americana Forrester mostrou que 41% das companhias ouvidas em dez países, com o Brasil entre eles, foram vítimas de ataques virtuais vinculados à doença.
 
Outro fator que impulsionou os crimes cibernéticos foi o crescimento do e-commerce, outra consequência do isolamento social. Várias empresas migraram para o ambiente virtual procurando atender ao aumento da demanda das famílias em isolamento social. Especialistas lembram que nem todas as empresas estavam preparadas para essa transição, nem para o crescimento do volume de compras online proporcionado pela pandemia. O resultado foi um aumento substancial do número de casos de roubo de dados. Um levantamento realizado pela consultoria Oliver Wyman apontou que os ataques de phishing no mundo todo aumentaram 700% desde março.
 
Atentas aos múltiplos desdobramentos da pandemia do novo coronavírus, as seguradoras souberam se adaptar também a esse cenário em particular, com a oferta de produtos que garantem a cobertura para ataques cibernéticos. O seguro para riscos cibernéticos oferece benefícios variados: a proteção para o caso de roubos de dados não se limita aos contratantes da apólice, abrangendo também os impactados pelo crime cibernético. Oferece cobertura para todos os custos resultantes dos ataques de hacker e dos vazamentos de dados e coloca à disposição do cliente uma equipe que lhe dará suporte nos casos de ataques.
 
O cenário vivenciado em meio à pandemia vem contribuindo para uma maior conscientização em relação à importância da contratação de seguros contra ataques cibernéticos A assimilação desses produtos fizeram com que a arrecadação apresentasse um crescimento de 72% em relação ao mesmo período de 2019, alcançando R$ 20,8 milhões. Para se ter uma ideia da maior ação dos hackers nesse período, basta verificar que o montante de sinistros verificado nos sete primeiros meses deste ano foi de R$ 13 milhões. No mesmo período do ano passado, havia atingido a marca de R$ 267 mil.
 
A trajetória de evolução do seguro contra riscos cibernéticos não deve parar por aí. Há novos componentes no ambiente de negócios do mundo corporativo que deverão contribuir para que esse tipo de seguro continue a conquistar importância. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor recentemente, é um desses componentes. A nova legislação responsabiliza empresas pelo vazamento de informações de seus clientes. Há cálculos que circulam no mercado segurador dando conta de que, movidas pela necessidade de se protegerem dos efeitos dessa legislação, as companhias deverão ampliar em até 20 vezes a demanda por esse produto.
 
A entrada em vigor do sistema de pagamentos Pix, prevista para novembro, deverá representar outro desafio, diante do potencial para a concretização de crimes cibernéticos. A expectativa é deverá ocorrer uma pulverização desse mercado, com a participação de empresas com menor poderio tecnológico, o que poderá oferecer aberturas para a atuação de hackers.
 
Assim como vem ocorrendo com diferentes demandas apresentadas pela sociedade, a indústria seguradora deverá continuar acompanhando o pulso das necessidades e oferecendo maneiras de as pessoas e as corporações se sentirem protegidas.
 

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