O
que o Mercado de Seguros tem feito em inovação, na prática? Este
foi o tema discutido na tarde desta quarta-feira (14), no 5º
Encontro de Inovação no Setor de Seguros, promovido pela pela
Escola de Negócios e Seguros em parceria com a ANSP (Academia
Nacional de Seguros e Previdência). Os convidados do debate foram
Roberto Santos, Diretor-Presidente da Porto Seguro, Richard Furck,
CEO da H&H Corretora. O evento ainda contou com a mediação de
Marcelo Blay, Vice-Coordenador da Cátedra de Canais de Distribuição
ANSP.
Blay
iniciou o bate-papo contando que atualmente, o Brasil vive um
momento de grande ebulição. A pandemia fez adaptar uma tecnologia
que nem todos estavam familiarizados. Em seguida, Roberto
acrescentou que a inovação sempre esteve presente na história da
Porto Seguro. Não só na área de produtos, mas também na área de
serviços e processos.
De
acordo com Santos, sempre que a Porto Seguro idealiza um novo
produto, surge o questionamento: “O produto vai conseguir ser
comercializado prioritariamente pelo Corretor?”. “Se o corretor não
consegue comercializar, tiramos do ar”, disse Roberto.
“Apesar de todas as mudanças, sempre vamos priorizar o corretor
como nosso principal canal de distribuição. O mundo está mudando,
precisamos nos adaptar, mas o Corretor vai continuar exercendo este
papel tão importante no ecossistema”, completou.
Para
Richard, o período de pandemia acelerou a inovação. “A partir do
dia 16 de março, no início da pandemia, a transformação digital
morreu. Ou você se tornava digital, ou você não existia”, revelou.
“As empresas começaram a pensar em ir pra casa. Conseguimos ir pra
casa com tudo funcionando”, continuou.
No
bate-papo, Roberto também pontuou que era preciso ajudar o Corretor
a se adaptar. “O corretor precisa estar atento às inovações. O
mercado segurador precisa ajudar o corretor a ficar mais leve. Por
esse motivo, a Porto Seguro comprou o controle de uma empresa
multicálculo para ajudar a apoiar o corretor”, explicou.
Questionados por Blay sobre o papel do Corretor atualmente, os
executivos responderam que são extremamente necessários. Roberto
ainda pontuou que não enxerga um dia em que o corretor não tenha
espaço para vender seguro. “O que nós vendemos é proteção. Comprar
algo pela internet, é só pesquisa, isso é fácil. Mas tem outra
questão, a pessoa entrar no site, comprar uma proteção ao
patrimônio dele sem uma consultoria do lado, o seguro tem essa
questão. Não vou ver o dia que corretor não tenha espaço pra vender
seguro”, afirmou o diretor.
Segundo Roberto, a Porto Seguro tem uma relação com Corretor que
transcende de uma simples parceria.
Os
executivos também aconselharam os corretores que estão entrando no
mercado. “Vale a pena. Não tenha dúvida. Com foco no cliente,
comece de uma forma digitalizada. Se for pra nesse segmento dando
tiro pra todos os lados, é melhor nem entrar”, comentou Richard. “É
apaixonante. Trabalho há 40 anos neste negócio, é uma paixão. Pense
fora da caixa, não pense em uma operação tradicional, busque pela
essência operacional”, completou Roberto.