O Estado de São Paulo passa a implementar hoje um serviço que
integrará os procedimentos de combate ao câncer nas unidades
públicas de saúde.
A intenção é ampliar o acesso aos tratamentos, uniformizar
procedimentos e agilizar a chegada dos pacientes aos locais de
atendimento.
Chamada de "Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer", em
homenagem à apresentadora que completaria 84 anos hoje, a
iniciativa tem um aporte de R$ 143,5 milhões que serão aplicados na
melhoria de unidades e na criação de novos centros de atenção à
doença.
A rede vai unir 71 centros públicos espalhados pelo Estado e terá
um Centro de Regulação Oncológica, que ficará em São Paulo.
Inicialmente, 13 pontos vão receber recursos.
"Hoje, em alguns casos, as pessoas fazem uma peregrinação em busca
de um local para fazer o seu tratamento. Algumas se cadastram em
mais de um hospital. Agora, o centro vai fazer o encaminhamento
para o melhor lugar e vai distribuir o fluxo de pessoas", disse
Paulo Hoff, presidente do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de
São Paulo Octavio Frias de Oliveira).
Segundo Hoff, as chances de cura para o câncer estão entre 60% e
70%. O acesso rápido ao tratamento é fundamental para os bons
resultados.
"A rede entra no contexto de organizar a estrutura que temos hoje
no Estado e para otimizar os atendimentos. Quanto mais cedo é o
diagnóstico, maior é a chance de sucesso."
O objetivo do sistema, a médio prazo, é que todas as pessoas do
Estado que procurem o sistema público de saúde iniciem o tratamento
contra o câncer em menos de 60 dias e que o local de atendimento
fique a, no máximo, duas horas de sua casa. São Paulo tem cerca de
130 mil casos da doença por ano.